"Nas mais variadas mesas de jogo de RPG de todos os cantos, existem os personagens. Dentre eles, os personagens dos jogadores, no caso, os protagonistas da crônica narrada pelo mestre. O jogo não roda exatamente entorno deles, porém sua presença para que o jogo aconteça é indispensável. Temos os NPCs (do inglês, NonPlayer Caracther, que siginifa, Personagem não-Jogador), esses, amigos ou inimigos, importantes ou não, acabam influenciando sempre no envolvimento dos personagens com o mundo em que ‘vivem’."
Mas dentro desses NPCs, existem uma variação que acabam sendo os preferidos do mestre, os PdMs (Personagens do Mestre).
Muitos dos mestres usam desses personagens como patronos, mestres, entre outras espécies de ‘pessoa que aparece pra dizer o que os heróis tem de fazer’, ou ainda ‘pessoa que sempre aparece pra salvar o grupo e dar conselhos depois de matar a orda de BugBears. Mas, como nem tudo é perfeito, existem aqueles mestres que fazem do PdM um protagonista também, e quando isso acontece, o grupo começa a desandar. Alguns desses motivos seria a indignação dos jogadores, tendo que dividir a aventura com mais um Geek fã de RPG, e pior, que é o DM da questão. Outro ponto em que os jogadores citam, é que na maioria dos casos, o Mestre faz com que o PdM resolva os problemas difíceis para os jogadores. É chato? É! Demais. E em muitas das vezes, isso acontece pois o mestre, em grande parte de sua vida como RPGista, era um jogador, e é costume ele acabar pensando como um. Este problema logo pode ser percebido, quando o mestre é quem toma as devidas decisões perante uma situação em que o grupo esteja passando. Chato para os jogadores, que com o tempo, perdem o animo para jogar. Mas qual a solução para tal situação? Se é que tem como acabar com o âmbito de jogador do mestre...
Bem, não existe uma resposta pronta para essa questão. Acredito que o ‘cargo’ de mestre é de muita responsabilidade, fazendo com que o mesmo venha a conhecer a maioria das regras de jogo, tendo umas de cabeça, que às vezes nem consulta o livro/manual. Se o mestre não conhece, não consegue passar a narrativa como deveria. O Mestre deve estar sempre um passo a frente dos jogadores da mesa, preparando a aventura do começo ao fim antes mesmo da mesa iniciar. Se o mestre passa insegurança, os jogadores se tornam inseguros, e o jogo acaba sendo inseguro. O que falta nessas situações é os participantes da mesa se colocarem em seus devidos lugares. Mestre é mestre, jogador é jogador. Já experimentou participar de uma mesa onde os jogadores também já atuaram como mestre? Não claro subestimando os jogadores - até porque aqui na rua de cima do condomínio, tenho jogadores exímios, que por qualquer incrível situação que eu imponha, eles conseguem sair como grandes heróis no estilo Liga da Justiça (lembrar de ser mau da próxima), porém uma mesa com mestres jogando torna-se um calabouço de cultura, os personagens ficam muito mais harmônicos com o cenário, chega a dar gosto de imaginar os personagens, por mais overpower que muitos fiquem (Risos!).
Enfim, o RPG é um hobbie, e um hobbie tem de ser divertido, ou para a diversão. Quando fugimos deste intuito, perdemos a grande essência e o objetivo do RPG. RPG forma caráter, tira a timidez, e faz com que deixemos de sermos inibidos. Fiquem na paz, porque Bom é Jogar RPG.
Keep On Rising, Men!
Fellipe Soares,
www.grimorio.tk