Fala aí meu povo!
Estava dando uma rondada a procura de uma notícia sobre RPG para postar para que ficassem sabendo mais rapidamente e encontrei essa: A Devir Livraria irá fazer um Concurso chamado Eu Criatura, onde o vencedor vai levar uns livros do sistema Storytelling. Tô ansioso porque já começei a escrever meu conto. As regras estão mais abaixo se quiserem participar, mas saibam que estarão competindo comigo. Hahaha!!!!
Concurso Cultural Eu, Criatura.
Crie, desenvolva e redija um conto, em língua portuguesa, com no mínimo 2 mil caracteres (uma lauda) e no máximo 10 mil caracteres (cinco laudas), narrado em primeira pessoa e ambientado no Mundo das Trevas Storytelling*. O personagem-narrador deve ser uma criatura sobrenatural do Mundo das Trevas, principalmente (mas não exclusivamente) um fantasma, vampiro, lobisomem, mago, changeling ou criatura prometéica. Mais informações no regulamento.
* Ou seja, contos baseados nos títulos Livro de regras do Mundo das Trevas, Vampiro: o Réquiem, Lobisomem: os Destituídos, Mago: o Despertar, Promethean: the Created e Changeling: the Lost (não incluímos Hunter: the Vigil porque queremos contos em que o protagonista é uma criatura sobrenatural), além dos suplementos associados. Portanto, o concurso não aceitará contos baseados em Vampiro: a Máscara, Lobisomem: o Apocalipse, Mago: a Ascensão, Changeling: o Sonhar, Demônio: a Queda e outros títulos da antiga linha Storyteller.
O concurso vai premiar os três melhores contos inscritos, que serão avaliados por uma comissão julgadora composta de sete (7) jurados, formada especialmente para a ocasião.
Os nomes dos ganhadores e os contos vencedores serão divulgados aqui mesmo no dia 26 de junho de 2008 (veja o cronograma).
Os prêmios — nove produtos da linha Mundo das Trevas Storytelling da Devir Livraria — serão entregues aos ganhadores no dia 4 de julho de 2009, durante o XVII Encontro Internacional de RPG, em São Paulo - SP, ou enviados pelo correio aos vencedores que não puderem comparecer ao evento.
Armando “J. Maximus” Dias - RPG Online
Coordenador de um dos maiores portais de RPG do Brasil, tem como principal missão viabilizar sessões de RPG pela internet, para pessoas que não possuem grupo para jogar em volta de uma mesa.
Douglas “D3” Guimarães - d3 system
Fábio “Sooner” Macedo - WoD Brasil
Mais “mestra” do que joga RPG – em especial, mas não somente, o Mundo das Trevas – há cerca de dez anos. Foi coordenador nacional de eventos do cardgame Vampire: the Eternal Struggle entre 2004 e 2006. Hoje edita o website WoD Brasil, sobre o Mundo das Trevas Storytelling, e alimenta o blog WoD Scoop (http://blog.wodbrasil.com), um apanhado de notícias sobre lançamentos do cenário, prévias de novos jogos e bastidores da White Wolf Publishing.
Felipe Velloso - Ambrosia
Marcelo Telles - REDERPG
Coordenador do portal REDERPG, editor e escritor do cenário Crônicas da 7ª Lua, da Conclave Editora, e autor de Réia, cenário da Caladwin Editora, além de ter escrito e colaborado com vários livros e publicações de RPG e de ter sido editor da revista Dragão Brasil. A REDERPG tem uma seção especial voltada para o Mundo das Trevas, com bons artigos de Klaus Ribeiro.
Paulo “Aaraon Thomas” Galembeck - Fale RPG
RPGista há quinze anos, webmaster do portal Fale RPG há nove, mais uma experiência de cinco anos como tradutor de livros de RPG para a Devir Livraria, entre eles o Livro de clã: Brujah, ed. revisada.
Tiago “Toiço” Barão - A Matilha
“Mestra” RPG há dez anos, principalmente os cenários do Mundo das Trevas: Vampiro: a Máscara, Lobisomem: o Apocalipse, Mago: a Ascensão, Changeling: o Sonhar e Wraith: the Oblivion. Atualmente, está narrando (para a Matilha) uma crônica de Lobisomem: os Destituídos. O blog da Matilha foi criado para divulgar a experiência do grupo com o sistema Storyteller, mas foi crescendo e mudando com o tempo. Hoje, os artigos sobre o Storytelling fazem a cara do blog.
É uma narrativa breve que se concentra em poucos personagens (muitas vezes um só) e retrata um único conflito. Pense no conto como uma fotografia que flagra um momento crucial na vida de um personagem, algo que vale a pena ser relatado. É uma história concisa, capaz de prender a atenção do leitor desde a primeira linha.
A maioria dos livros do Mundo das Trevas Storytelling traz um conto a cada abertura de capítulo, mas, se você precisar de mais um exemplo, clique aqui.
O que é o Mundo das Trevas Storytelling?
O Mundo das Trevas é um dos cenários de horror mais famosos no universo dos jogos narrativos (ou RPG). O material do cenário é lançado ininterruptamente desde 1994 pela White Wolf Publishing. É um sucesso de crítica e público. Aqui no Brasil, o Mundo das Trevas é publicado pela Devir Livraria.
No fictício Mundo das Trevas, não existe o Bem nem o Mal: tudo é uma questão de ponto de vista. Não há preto nem branco, só um enorme gradiente de cinzas. As cidades são mais sujas, mais escuras, mais corruptas e violentas. A natureza também esconde perigos inesperados e o reflexo espiritual do mundo é ameaçador e sombrio. E, o mais importante, criaturas sobrenaturais, saídas de mitos e lendas, dividem as ruas com as pessoas comuns.
É um mundo cercado de mistérios, povoado por vampiros, lobisomens, magos, fantasmas, seres feéricos, criaturas frankensteinianas e outros monstros nascidos do imaginário coletivo da humanidade.
Você e seus amigos podem criar e desenvolver personagens deslumbrados ou assustados com a descoberta de um universo até então desconhecido, mas tão incomodamente próximo. Podem interpretar personagens mortais, dedicados a caçar e exterminar os monstros da noite. Ou podem representar um desses monstros, os heróis trágicos de uma história que ainda espera ser contada.
Storytelling é a linha que recriou o Mundo das Trevas a partir de 2004, nos Estados Unidos, e 2006, no Brasil. Os principais títulos da linha são: Livro de regras do Mundo das Trevas, Vampiro: o Réquiem, Lobisomem: os Destituídos e Mago: o Despertar. Conheça nosso Catálogo Storytelling.
Como contar o número de caracteres
Caracter é cada letra, número, sinal e espaço que aparece na tela de seu computador quando você digita alguma coisa. Seu processador de texto provavelmente tem uma função “Contar Palavras” ou equivalente. É só abrir o arquivo, selecionar o texto e ativar o comando “Contar Palavras”. O programa informará quantos caracteres (com espaços) a seleção contém. Para seu texto participar deste concurso, esse número de caracteres deve estar entre 2.000 e 10.000.
Quer um exemplo? Clique aqui.
Eis um exemplo de conto narrado em primeira pessoa. O personagem-narrador é ninguém menos que o vampiro mais famoso da literatura mundial: Drácula. O texto tem 3.245 caracteres.
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Despertei entre os mortos e, como eles, eu estava morto.
Os otomanos atacaram à noite, uma verdadeira horda de ratos, e nossos portões foram abertos por um traidor em nosso meio. Lutamos, meus compatriotas e eu, minha escolta e eu, duzentos homens escolhidos a dedo para defender meu sangue real, e, apesar disso, ele foi derramado no chão sedento.
Meus inimigos pagaram caro por seu triunfo. Para cada golpe que recebi, tirei uma vida, e para cada um dos que tombaram a meu lado, dois de meus inimigos pereceram. Uma flecha atingiu uma rachadura em meu escudo, desviou-se, subiu e trespassou-me o lábio e o nariz; a dor era de enlouquecer e o sangue escorreu-me pela garganta.
Foi aí que eu o vi, e sabia quem ele era. Não me lembro de seu nome, mas deve ter sido ele a entregar nossa posição. Nós nos vimos e nos reconhecemos. Naquele momento, a morte passou entre nós, e fomos unidos pelo ódio. Seis homens, entre os dele e os meus, interpunham-se entre nós, então três e depois um. O último era meu leal amigo e, mesmo assim, eu o afastei, ansioso para enfrentar minha nêmesis.
Sem dizer palavra, travamos nossas armas, e com alegria cruel, usando um dos ombros, ele enfiou a flecha ainda mais em meu rosto; recuei quando ele ergueu o sabre, mas a dor, em vez de me abater, enfureceu-me. Decepei-lhe a perna, à altura do joelho, e ele caiu, mas, ao fazê-lo, acertou-me. A lâmina varou-me o flanco. Ele desabou sobre mim, cara a cara no calor da batalha, e imobilizou minha arma, por isso arranquei-lhe o elmo e, como um gato, o arranhei enquanto ele revirava a cimitarra e a enterrava dentro de mim, como fogo e gelo cortando meu flanco. Com a outra mão, encontrei-lhe a garganta, e seu rosto eclipsou a lua, e o sangue que lhe escorria do nariz e da boca invadia meu corpo – ou seria meu próprio sangue que, espalhado nele, pingava de volta? –, e no momento em que lhe esmaguei a garganta senti meu espírito se libertar.
Num instante, tudo ficou quieto e nítido. Despertei, e a crueldade feroz da batalha fora substituída, transfigurada, como se tudo o que eu contemplava fosse feito de luz cintilante. Os soldados de cristal a meus pés gemiam baixinho e morriam, mas eu estava acima de tudo isso, ainda mais alto, e fui levado à presença luminosa do Todo-Poderoso.
– Filho da Valáquia – disse-me o Senhor –, acabaste teu trabalho?
– Ó, grande Senhor – eu disse. – Devolvei-me ao mundo, para que eu possa destruir os infiéis que não crêem em Vosso sagrado nome!
– Não são eles Meus filhos também?
– Eles rejeitaram Vosso filho! Deram as costas à salvação e merecem apenas o flagelo e o fogo!
– Assim como os mendicantes e indigentes de tua nação, que enganaste com promessas gentis para queimá-los vivos? Prestaste um juramento a Mim, filho do dragão. Juraste mostrar a verdade de Cristo a teu povo, se te fosse concedido o trono.
– Cumpri minha promessa!
– Cumpriste? A Meus olhos, torturaste, mataste e desgraçaste a sagrada forma humana, feita a Minha imagem.
– Fiz o que fizestes a Vosso filho! Cada grito e gemido foi um hino a Vossa glória! Tudo o que fiz foi em defesa da cristandade!
– Eu, o Senhor, sou o Juiz do mundo!
– Por direito divino, eu, o príncipe, sou juiz de meu povo!
– Como queiras. Tua vontade será tua maldição, cavaleiro do dragão.]
Informações retiradas do site da Devir Livraria, para mais infomações acesse.